Intestino: herói ou vilão do emagrecimento?

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O intestino é um dos mais importantes órgãos do corpo. É responsável pela absorção da maior parte dos nutrientes dos alimentos e também da água que ingerimos; assim, seu bom funcionamento é essencial para a saúde.

O que muitas vezes passa despercebido é a relação entre intestino e obesidade. Sim, pois, caso não esteja funcionando bem, pode absorver nutrientes da maneira errada e acabar facilitando o ganho de peso.

Hoje, vamos entender melhor como o intestino funciona, por que problemas com ele podem levar à obesidade e o que fazer para cuidar da sua saúde intestinal. Vamos nessa!

O papel do intestino

O intestino é um órgão do sistema digestivo que liga o estômago ao ânus e é dividido em duas partes. A primeira é o intestino delgado, com até 7 metros de comprimento, onde é absorvida a maior parte dos nutrientes. A segunda é o intestino grosso, com até 2 metros de extensão, na qual a maior parte da água é absorvida pelo corpo.

Quem mantém o intestino executando suas funções é a chamada microbiota, ou flora intestinal: um conjunto de microrganismos, como bactérias e protozoários. Existem microrganismos benéficos e maléficos que precisam estar no equilíbrio adequado — a chamada simbiose.

Nem sempre esse equilíbrio acontece. Por uma série de motivos, também existe a disbiose, ou seja, quando os microrganismos ruins predominam sobre os bons. Suas causas são várias: estresse, agrotóxicos, excesso de carboidratos refinados e gorduras saturadas na alimentação, medicamentos, pouco consumo de fibras, excesso de álcool ou tabagismo, entre outras.

Quando ocorre a disbiose, os sintomas possíveis variam: mudança na frequência ou cor da evacuação, cansaço, indigestão, flatulência, distensão abdominal, constipação e diarreia são alguns deles.

A disbiose também prejudica a função imunológica do organismo. Sim, pois cerca de 70% das células do sistema imune estão na mucosa intestinal. Como funciona: uma série de bactérias “do bem” trabalha pela proteção da mucosa intestinal contra infecções e facilita o metabolismo de nutrientes com efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes.

Essas bactérias até mesmo produzem compostos antimicrobianos, que ajudam a combater microrganismos infecciosos em todo o corpo. Isso significa que a capacidade de defesa do sistema imunológico está diretamente ligada à presença de bactérias benéficas no intestino!

Porém, esse desequilíbrio da flora intestinal não tem apenas esses sintomas: também interfere na forma como o organismo absorve os nutrientes. É o que vamos ver a seguir!

Intestino e obesidade

Uma flora intestinal desregulada tende a deixar o intestino mais permeável, favorecendo o acúmulo de gordura nas células adiposas e no fígado — e aumentando resistência à insulina.

Além disso, determinados microrganismos são mais eficientes na digestão, absorvendo mais calorias do alimento, e, assim, também ajudando a aumentar o peso, caso estejam em quantidade maior do que deveriam.

A influência da microbiota é grande. Um cenário de desequilíbrio na flora intestinal não apenas tem os efeitos acima, como também pode favorecer o aparecimento da síndrome metabólica, uma condição gerada quando o indivíduo tem alterações como hipertensão, altos níveis de triglicérides ou glicemia, por exemplo — tudo que alguém com excesso de peso não precisa.

Como se pode imaginar, o resultado é que a flora intestinal de uma pessoa com obesidade tende a ser completamente diferente da de alguém que não tem excesso de peso — e isso diz muita coisa.

Pesquisas em ratos já demonstraram que, ao transferir microrganismos da flora intestinal de ratos obesos para ratos recém-nascidos, foi induzida a obesidade, enquanto que a transferência de microrganismos da microbiota de ratos com peso normal não provocou o mesmo efeito. É um bom exemplo de como obesidade e saúde intestinal têm tudo a ver!

Como cuidar da saúde intestinal

O equilíbrio da flora intestinal começa por uma boa alimentação. Água de boa qualidade e alimentos ricos em fibras são essenciais. Feijão, alho, cebola, banana verde, leite fermentado e alguns dos seus derivados são exemplos de alimentos que ajudam a “povoar” o intestino com microrganismos bons.

A ingestão de prebióticos e probióticos também ajuda muito na construção de uma boa microbiota. Prebióticos são componentes alimentares que o corpo não digere, mas que fazem parte da digestão das bactérias boas da microbiota.

Já os probióticos são alimentos à base de microrganismos vivos benéficos, como lactobacilos e bifidobactérias, que trazem uma série de benefícios. Iogurte e kombucha, por exemplo, são alguns probióticos facilmente encontrados nos supermercados.

Probióticos podem ainda ser ingeridos em cápsulas, as quais não precisam de refrigeração e não têm carboidratos ou gorduras, ao contrário dos alimentos. Mas lembre-se: consulte sempre um nutricionista antes de tomar qualquer composto!

E, claro, o mais importante é associar a boa alimentação a hábitos saudáveis. Evitar álcool e tabaco, praticar exercícios físicos regularmente e manter-se sempre hidratado são atitudes fundamentais para combater os riscos relacionados ao intestino e obesidade.

Tratando o intestino e obesidade

Para combater a obesidade, além de cuidar da flora intestinal, é importante contar com acompanhamento especializado a fim de atacar o problema em várias frentes.

Por isso é que existe o Hospital da Obesidade: para oferecer um tratamento multidisciplinar, combinando atividades físicas direcionadas, alimentação balanceada e acompanhamento psicológico, a fim de te ajudar a emagrecer com saúde — e sem cirurgia!

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2 comentários em “Intestino: herói ou vilão do emagrecimento?

  1. Estou sempre com estes sintomas descritos no texto.Nada tem dado resultado,tenho estratos hepática leve,peso 75kls,não consigo perder peso,resistência à insulina.O que fazer?

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