Sono e obesidade: por que dormir mal engorda

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Sono de boa qualidade é fundamental para uma vida saudável. Dormir pouco ou mal pode provocar diversos impactos negativos na saúde, como hipertensão e problemas cardíacos. Também prejudica a memória, o humor e o raciocínio.

Embora o impacto do sono na saúde seja conhecido, o que muitas pessoas ainda ignoram é seu efeito sobre o peso corporal. Sim: a má qualidade do sono pode provocar ganho de peso, e, consequentemente, está relacionada à obesidade.

Hoje, vamos desvendar essa relação e entender por que ela acontece, evidenciando a necessidade de um sono “limpo”, restaurador e saudável. Vamos lá!

Sono: essencial à vida

O sono é uma das necessidades básicas de qualquer pessoa. Além de proporcionar o relaxamento e regeneração dos músculos, o sono é fundamental para o cérebro: enquanto dormimos, nosso cérebro consolida memórias, elimina toxinas, faz conexões criativas e até toma decisões.

Portanto, o sono é essencial à vida humana. A privação de sono – quando a pessoa dorme menos que o necessário – aumenta o cortisol (conhecido como “hormônio do estresse”), prejudica a memória, o raciocínio, o humor e a criatividade. Além disso, aumenta a pressão arterial e contribui no surgimento ou agravamento de doenças como arritmia cardíaca e diabetes.

E quanto é necessário dormir para obter todos os benefícios do sono? Essa resposta varia, mas, de forma geral, entre 7 e 9 horas de sono por noite costumam ser suficientes.

No entanto, o simples tempo de sono não é tudo; é preciso também ter um sono de qualidade. Vamos entender melhor esse ponto!

Qualidade e distúrbios do sono

A quantidade de horas de sono não é tudo. Mesmo que ela seja adequada, o sono pode ter sido interrompido diversas vezes durante a noite, ou, então, não ter atingido a profundidade necessária. Essas situações ocorrem mais frequentemente em quem sofre com distúrbios do sono.

A temida apneia do sono, por exemplo, é muito comum em pessoas com obesidade e provoca a obstrução das vias aéreas durante o sono. Além de piorar a oxigenação do corpo e aumentar a pressão arterial, a apneia do sono prejudica completamente a qualidade do sono, que fica fragmentado por microdespertares e não se aprofunda como deveria.

Além disso, a ansiedade e o estresse podem comprometer a qualidade do sono, fazendo com que não seja tão regenerador quanto o necessário. A pessoa pode até mesmo que a pessoa acordar uma ou algumas vezes durante a noite, fragmentando o sono.

O bruxismo – hábito de trincar ou ranger os dentes – também é um distúrbio que evidencia má qualidade do sono. Além disso, muitos fatores podem prejudicar o sono, como a consumo de cafeína ou realização de atividades físicas à noite, bebida alcoólica, entre inúmeros outros.

Quando a causa da obesidade está ligada ao sono

Diz-se, erroneamente, que dormir pouco leva o corpo a consumir mais energia, e, assim, emagrecer. Trata-se de um equívoco, pois pouco sono – ou sono de má qualidade – trazem diversas consequências que impactam negativamente no peso, podendo acarretar a obesidade.

O sono adequado contribui para manter o metabolismo saudável. Do contrário, há uma oscilação hormonal, marcada pelo aumento da grelina – que estimula a fome – e redução da leptina – regulador energético que induz a perda de peso e inibe o apetite.

Essa tendência foi comprovada por um estudo nos Estados Unidos. Pessoas pesquisadas com déficit de sono apresentaram mais alterações hormonais e também índice de massa corpórea.

Além disso, menos tempo de sono gera mais fome e mais oportunidade de comer. Aí é que surgem as conhecidas refeições noturnas que só contribuem para o ganho de peso. O aumento do apetite também está ligado à ansiedade, normalmente apresentada por quem não está com o sono em dia.

A má qualidade do sono também faz com que a pessoa sinta maior fadiga, passando o dia indisposta. Assim, acaba evitando a prática de atividades físicas, por exemplo. A redução da atividade física e o aumento do cortisol podem levar ao acúmulo de gordura visceral, uma das consequências mais temíveis do sobrepeso.

A obesidade também prejudica o sono

Além do sono reduzido, ou de má qualidade, poder provocar obesidade, a obesidade também piora a qualidade do sono. Forma-se, assim, um ciclo vicioso muito prejudicial à saúde.

Pessoas obesas tendem a ter menos tempo de adormecimento profundo e apresentar de forma mais evidente os distúrbios do sono. A já falada apneia do sono é extremamente comum em obesos, prejudicando seu sistema cardiovascular e respiratório e piorando enormemente a qualidade do sono.

Assim, a pessoa entra num ciclo vicioso. A privação do sono e seus distúrbios estimulam o ganho de peso enquanto a obesidade piora ainda mais a qualidade do sono.

Tratamentos do sono e da obesidade estão relacionados

Como sono ruim e obesidade fazem parte de um ciclo vicioso, no qual um estimula o outro, o tratamento também deve considerar ambos conjuntamente.

O tratamento da obesidade deve investigar se a má qualidade do sono pode ser uma das causas do problema. Por isso, aqui no Hospital da Obesidade, temos uma abordagem multidisciplinar, contando com mais de 70 profissionais engajados na saúde de cada paciente. Nossa equipe investiga todas as possíveis causas da obesidade e oferece um programa personalizado a cada interno.

Da mesma forma, o tratamento da obesidade também melhora a qualidade do sono; portanto, estar em um lugar que leva a sério o compromisso do emagrecimento saudável e sem cirurgia é fundamental para, tratando a obesidade, também ter um sono melhor e mais restaurador.

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